Sunday 29 November 2009

A pior mudança da História da Humanidade

Tentarei narrar o dia de ontem (29.11) da forma mais sucinta possível, mas aviso desde já que será impossível, foi muita presepada para um dia só! Então, comecemos...

Nos mudamos ontem, agora estamos morando na casa vizinha. A casa anterior era alugada, então eles fizeram um acordo com o dono da casa nova pra alugá-la por alguns anos com promessa de compra futura. Além disso, a casa nova é maior e mais confortável.

Combinei com Nadine de estar pronta às 9 da manhã (vale salientar que era sábado e ninguém me pagou um centavo extra) para começar a ajudá-la na mudança. Combinei com ela de vir pro meu quarto, fazer uma faxina geral, já que a casa ficou fechada por muitos meses e depois começar a montar a cama, com a ajuda dela. Mas, ela estava tão ocupada com as coisas da cozinha, que eu terminei fazendo a faxina no primeiro andar todo (3 quartos e um banheiro) pra dar uma adiantada. Depois de passar aspirador de pó 3 vezes e pano molhado em todos os cômodos, desci pra ajudá-la a guardar as coisas da cozinha.

Nesse meio tempo estavam na casa:

1. Eu
2. Nadine
3. Tom
4. Dana
5. Maurin
6. A avó (pra ajudar com as kids e fazer almoço)
7. Jurk (trabalhador de Tom)
8. Um senhor de uns 70 anos (amigo de Tom que queria ajudar, mas só atrapalhou)
9. Lulu da Pomerânia (lê-se cachorro fresco) do senhor mencionado acima
10. Marcel (amigos deles que veio ajudar, mas teve que trazer os 3 filhos porque a mãe estava viajando)
11. Filha
12. Filho 1
13. Filho 2

Deu pra imaginar o inferno??? Ainda não? Pois agora vai dar! Realizem a cena... Crianças correndo e gritando pra todos os lados, homens passando pra cima e pra baixo com pedaços de móveis pesados, a avó tentando cozinhar e fazendo inúmeras caras de desespero (pensei que ela fosse enfartar, juro!), coisas espalhadas no chão pra todo lado, todo mundo estressado, Tom sendo um idiota como sempre, Nadine me dizendo pra não casar nunca (ela repetiu isso pelo menos umas 5x durante o dia), panela no fogo queimando, a avó dizendo que Tom com certeza não é filho dela, cachorro correndo, Maurin no Bobbycar correndo e batendo nas nossas canelas, filho 2 derramando um saco inteiro de spaghetti cru no chão... E isso tudo estava acontecendo na cozinha, que era por onde todos tinham que passar pra ir pras outras partes da casa.

Foi nessa tranquilidade que a manhã transcorreu, aí veio o almoço. Todas as pessoas listadas acima almoçaram aqui e claro, não cabia na mesa. Então, eu me ofereci pra almoçar sozinha no marailhoso silêncio da sala!!! =D

Depois do almoço, decidi que estava na hora de começar a fazer as minhas coisas, já que eu não queria ter que fazer nada hoje (domingo). Eu não tinha trazido nada meu ainda pra cá, fora a cama, a mesa e a cadeira, mas tudo que estava no guarda-roupa ainda estava na casa velha. Eu quis trazer antes, mas a mãe disse que não precisava, que faríamos no sábado. Eles são loucos e desorganizados, ao invés de ir fazendo aos poucos pra não endoidar, eles fazem tudo do dia pra noite! Então, sozinha e com apenas uma caixa de papelão pra colocar minhas coisas, eu tive que fazer mais de 10 viagens da casa nova pra velha pra trazer tudo sozinha! Vale salientar que são 2 lances de escada da casa nova + a ladeira + 2 lances de escada da casa velha. Tive que carregar coisas a tarde inteira, estou aleijada das costas, dos braços e das pernas até agora. Nunca sofri tanto numa mudança, Deus abençoe meus pais por serem normais, colocarem coisas em caixas e transpotarem em VEÍCULOS e depois por arranjarem pessoas fortes pra levarem tudo até o meu quarto. Posso estar até soando mimada, mas depois dessa mudança eu não quero mais ter que não ser! É muito mais fácil! hahahaha

OBS. Isso porque já tinha desmontado a minha cama e trazido todas as partes pra cá junto com Nadine na terça à noite, ou seja, estou à base de Cisax desde então.

Uma das vezes que estava saindo do meu quarto, estava com a tal caixa de papelão cheia de revistas (minhas Vogue e ELLE =~~~~) e papéis cortados pra jogar no lixo, quando Tom entrou no quarto perguntando o que eu ia fazer com aquilo. Eu disse que ia jogar fora e ele pegou a caixa da minha mão, como eu já conheço a capacidade mental dele, já vi tudo! Ele foi pra varanda pra jogar a caixa pela janela, pra cair dentro daquelas caçambas enormes pra colocar metralha de construção. Na mesma hora eu gritei que ele não jogasse pela janela, que eu levava lá pra baixo, que eu precisava da caixa... ele olhou pra mim e disse: "Por que você sempre quer fazer tudo do jeito mais difícil?" e lá se foi a caixa pelos ares. CLARO, ele errou e caiu tudo no chão. Legal, né? Eu desci pra pegar a caixa, já que tinha que ir na outra casa de qualquer forma, mas eu sou tão burra que não consegui ver aquela bagunça, pegar a caixa e deixar que ele limpasse tudo, só Deus sabe quando (acho que ele não limpa nem a própria bunda, desculpa pai). Quando eu estava colocando as coisas na tal caçamba, ele chega e diz que eu não precisava fazer aquilo, que ele que tinha errado a mira e a bagunça era dele pra limpar. Eu disse que sabia, mas que era uma boa pessoa. Ele: "Boa demais pra mim" e fez a proesa de fazer isso soar como um insulto. Eu disse que talvez ele aprendesse comigo que às vezes, pensar era útil, evitava que merdas como essa acontecessem. (Explicação: numa das nossas brigas, ele me disse que eu pensava demais, que devia simplesmente agir. Eu logicamente respondi que pensar era o que nos diferenciava dos animais e se eu tenho um cérebro é melhor usá-lo ao invés de agir pelos instintos como só os animais fazem). Depois ele veio dizer que sabia que eu sabia que no fundo ele era uma pessoa boa, mas eu não vejo nada de bom nele. Terminei limpando tudo e voltei ao trabalho.

Consegui terminar TUDO no meu quarto por volta das 17:00, daí finalmente pude descansar um pouco. Banho quente, skype com meus pais e pude dormir das 23:00 até 12:00 do domingo, mas claro que durante a manhã acordei 35 mil vezes com as crianças e o povo da casa falando alto e fazendo bagunça.

PS. A escada dessa casa é a coisa mais absurda e perigosa que eu já vi: os degraus são muito estreitos, a metade do pé fica de fora, são completamente fora do padrão; a escada em si é super estreita e ainda não tem corrimão, nem proteção do lado direito. Ou seja, é pedir pra acontecer uma desgraça. E claro, aconteceu! Depois do jantar, a menina veio descendo, escorregou e caiu os últimos 5 degraus, graças à Deus não foi nada grave. Daí, eu disse que a escada era perigosa e falei dos degraus, CLARO que a anta do pai quase me esgana viva, disse que não, que não tinha nada de perigoso, que depois de subir e descer várias vezes o corpo se adapta e blábláblá. Quero saber o que vai acontecer antes do corpo se 'adaptar', só espero que ninguém se machuque feio e se alguém tiver que cair que seja ele, por ser arrogante e burro. Não, eu não tou desejando que ele caia, ai de mim! Só não quero que ninguém inocente pague pelos erros dele!!

The fucking end

Novidades - London

Post-relâmpago só pra enteirar vocês das novidades relacionadas com a minha ida a Londres. Decidi que não vou mais esperar até abril pra ir para Londres, vou dia 14 de fevereiro e fico até o dia 15 de maio, daí volto pra Suíça e fico até o dia 27 de junho na casa de Chloe e Lucy em Dietikon. E que venha dezembro!! =D

Genève, je t´aime!

Eu sei que tenho demorado muito pra postar aqui e também sei que vocês vivem reclamando, então eu não vou nem dar desculpas de amarelo, apenas... foi mal aê galera! hahaha













06.11 - 08.11

Então gente, conheci pelo Blog e depois pelo Facebook uma paraibana de Souza, chamada Fernanda, que também está morando aqui na Suíça e trabalhando como au-pair. Decidi então entrar em contato com ela pra nos encontramos em Zürich ou fazer alguma viagem pra algum lugar.

Foi assim, que numa terça-feira à noite ela me convidou pra ir pra Genève com ela no próximo fim de semana. Teríamos a nossa 1ª experiência no 'couch surfing' e claro, topei na hora! 'Couch surfing' é um site com perfis de gente do mundo todo oferecendo hospedagem gratuita em suas casas, é ótimo pra mochileiros e au pairs lisas. hahaha Sempre tive um pouco de receio quanto à isso porque nunca se sabe que tipo de pessoa vai-se encontrar, mas dessa vez eu decidi arriscar.

Estava ainda super doente, mas por motivos de força maior, eu não queria passar o finde aqui de jeito nenhum e sempre quis conhecer Genève! Saí daqui sexta à noite, encontrei com ela em Zürich e de lá seguimos juntas. Chegamos em Genève por volta das 22:30, seguindo as instruções do Max (nosso couch-owner) pegamos um tram pra casa dele, ele nos encontrou na parada do tram. Foi super simpático e atencioso! Fomos pra casa dele, ele nos chamou pra sair com ele e uns amigos, mas eu estava morta de cansada e com muita dor de ouvido, então resolvemos ficar e descansar pra poder aproveitar o sábado e o domingo.

Ele mora num apartamento com uns 4 ou 5 quartos, onde só moram estudantes. Cada um tem seu quarto individual e dividem a sala, a cozinha e os dois banheiros. Ele foi super gentil e deu o quarto dele pra gente (cama de casal) e foi dormir no sofá da sala, tadinho.

No sábado, dormimos bastante, nos preparamos e saímos pra turistar. Detalhe, nenhuma das duas tinha a menor idéia do que se ver em Genève! haha É, eu sei, nunca mais faço isso, mãe! Max nos deu um mapa da cidade, deu umas explicações rápidas de como chegar até alguns lugares e até o Mc Donald´s mais próximo, claro! O tempo estava péssimo, chovendo, nublado, ventando, mas fomos à luta! Almoçamos e fomos andar pela cidade, vimos a parte antiga da cidade, onde tava tendo o finalzinho de um 'flea market' numa praça enorme e demos uma olhada numa rua toda de lojas também, claro.

Voltamos pra casa pra nos encontrar com o Max, nos arrumamos e fomos pro ap de uns amigos dele. Tinha gente do mundo todo: Itália, Suíça, Israel, França, África e etc. Todos super simpáticos e amigáveis, mas o mais engraçado é que eles estavam bebendo tequila e comendo zucchini cru, que é um legume tipo um pepino japonês (combinação super bizarra, né?) Ficamos por lá um tempo e depois fomos pra uma boate chamada Usine, o lugar é fantástico, gente bonita e diferente, música boa. A noite toda foi super divertida! Saindo de lá, esperamos mais de 40 min num frio do inferno pelo ônibus noturno, quando notamos que o mesmo não passaria mais, então pegamos um táxi.

No domingo, fizemos a mesma coisa de sábado, acordamos, saímos, almoçamos e fomos em busca das turistagens! Pelo menos nesse dia tínhamos um alvo: a ONU e a tal cadeira de 3 pernas, que até então não sabíamos que era na praça em frente à ONU. ¬¬ Rodamos bastante, mas conseguimos encontrar, fotos tiradas, missão cumprida! Voltamos pra casa e já era hora de se arrumar pra pegar o trem! =//

Impressões de Genève: ADOREI a cidade!!! É uma cidade bem pequena mas com todos os benefícios de uma cidade grande, ótimas lojas, ótimos restaurantes e etc. Como em toda Suíça, o tranporte público funciona impecavelmente e a cidade é absurdamente limpa e organizada. Infelizmente, foi a única cidade que vi até agora aqui com mendigos na rua, não são muitos, mas os que se vê são super insistentes e irritantes. Mas, mesmo assim, você anda nas ruas de madrugada se sentindo SUPER segura, porque sabe que nada vai acontecer. A segurança é uma sensação maravilhosa, coisa que não sentímos no Brasil nem dentro das nossas próprias casas... é muito triste!